Já sabemos o quanto o vínculo materno é importante para o desenvolvimento de uma criança, mas ainda estamos longe de tirar o foco do bebê e olhar para a mãe, para a puérpera.

Os profissionais da perinatalidade e da parentalidade também estão sujeitos a apresentarem alto nível de “burnout” pelas condições e desafios do seu ofício. Eles também precisam de um lugar de troca e de escuta.

Os pais estão se sentindo perdidos, no meio de tanta informação e palpites, muitas vezes vindos de pessoas sem nenhuma qualificação. Não percebem que precisam olhar para si-mesmos, tomar consciência e reconhecer seus limites.

Eles desconhecem as teorias do desenvolvimento infantil, mas querem saber como melhor educar os seus filhos.

Não é necessário estar doente para procurar um profissional. A psicologia perinatal também atua na prevenção, propiciando um puerpério e parentalidade mais leves e conscientes.

O IPE é o lugar de cuidar de quem cuida. De se cuidar. Precisamos ouvir, informar, acolher, formar redes de apoio materno e parental e reunir profissionais da área para estudo e troca.

Só assim podemos, de fato, ter um olhar integral e multidisciplinar para as questões tão delicadas da perinatalidade, puerpério e parentalidade.